Da Literatura ao Cinema
- Gustavo Tamagno Martins
- 29 de mai. de 2018
- 2 min de leitura
"O menino da Terra do Sol" tornou-se o livro mais autobiográfico do saudoso publicitário, poeta e escritor florense Flávio Luis Ferrarini. A obra foi sua última lançada em vida, mesmo que tenha deixado outros livros prontos e arquivados.


A história é ambientada na antiga Travessão Paredes, terra natal do escritor onde hoje corresponde ao território de Nova Pádua. São narradas as vivências do tímido Nini (Flávio) lutando entre o tempo da ansiedade e o tempo do relógio e a sua transformação após ganhar uma máquina de escrever. O menino sai do interior ainda jovem para ir atrás de seu sonho de ser escritor.

A adaptação tem a ajuda de investidores, apoiadores e a equipe da Alba Arte (de Bento Gonçalves). O curta-metragem baseado no livro homônimo de Flávio será lançado no dia cinco de agosto (dia do aniversário do Flávio e consecutivamente, aniversário do Instituto criado em sua homenagem), se ficar pronto. A produção tão esperada conta com o patrocínio das empresas Móveis Florense e Dallemole Estruturas Metálicas e apoio da Vinícola Luiz Argenta, prefeituras de Flores da Cunha e de Nova Pádua, restaurante Casa Nostra, restaurante Banana Pink, Tri Hotel Flores da Cunha, Moinho Graciema, Braido Materiais Elétricos e Jardim Blauth.
Foram dez dias intensos de gravações recheados de emoções. O curta enquadra-se como forma de representação da identidade cultural e da vida social do interior na Serra Gaúcha nas décadas de 60 e 70.
O estudante bento-gonçalvense da rede municipal, Eduardo Giovanella de Almeida teve a missão de interpretar Nini, quando menor, nas telinhas.

— Foram momentos inesquecíveis e mágicos em que conhecemos pessoas maravilhosas para guardar no coração — afirma Madeleine, irmã de Flávio, na página do Instituto.

— Quando vesti o figurino de época e peguei os "cadernos" na mão para iniciar as gravações, senti como se estivesse vivendo aquela realidade simples e ao mesmo tempo tão rica de amor e trocas. As crianças saltitando com os olhos cheios de curiosidades foi inspirador. Carinho e afeto é o que mais foi distribuído nesses dias de gravação — relatou Sandreli Berner Marteninghi, secretária do Instituto e atriz que interpretou a professora Helena na obra cinematográfica.
A produtora do curta conhecida pelos seus filmes publicitários considera ser seu maior projeto cinematográfico até o momento. Foram sete diárias de captação com vinte e quatro profissionais, treze atores e quarenta figurantes circulando pelos cenários situados em Flores da Cunha e Nova Pádua. A câmera utilizada para a gravação (RED EPIC W) foi a mesma de definição impressionante dos filmes hollywoodianos.
— Estamos literalmente fazendo algo GRANDE — a produtora comemora.
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