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A suavidade da Patrona


A suavidade demonstra-se da primeira até a última página. Não seria tão suave se não fosse Rejane Rech. Uma pessoa doce e meiga, apaixonada pelos livros, pelos filhos e por Clarice Lispector. Os textos dispostos através de crônicas com tom de conversa da autora com o leitor, revelam evolução e sabedoria. As confissões de dor e superação fazem parte do sexto e mais autobiográfico livro da escritora. O olhar amoroso e honesto das vivências de Rejane, fazem com que a viagem da leitura seja profunda e de grande reflexão.

 

Título: Quase Autobiografia Autora: Rejane Romani Rech Editora: AGE Páginas:117 Ano: 2017

SINOPSE: “Você me lê agora? Então estes meus relatos chegaram a outras mãos. Se uma pessoa ao menos ler, terá valido a pena; terei dividido com alguém as memórias que por tanto tempo guardei apenas para mim. Porém, não pense que conto tudo. Ninguém conta tudo. Haverá sempre um fundo falso no baú e ninguém chegará a ele. A grande vantagem de ser humano: silenciar o que deve ser silenciado. Mostro uma das minhas faces; muitas ficam submersas no fundo do meu mar, juntos com meus tesouros (...)”

 

SOBRE A AUTORA: Rejane Romani Rech nasceu e reside em Caxias do Sul - RS. Formou-se em Letras (Português - Inglês) e respectivas literaturas pela Universidade de Caxias do Sul (UCS).

É autora de Amor de Estudante, Antes que Seja Tarde, Sê Como o Sândalo, Mulheres e Destinos, Sutilezas e Outras Crônicas Diminutas. Recebeu vários prêmios na sua caminhada literária e seus livros já foram adotados e analisados no Ensino Fundamental, Médio e Superior.

 

O lançamento da obra foi uma espécie de comemoração aos 60 anos da autora. Ela não se sente idosa. Ainda morava em si aquela menina curiosa que entrou na escola aos seis anos e que ficou encantada ao ler a história do Patinho Feio. A patrona da 34ª Feira do Livro de Caxias do Sul narra suas histórias em tom agradável e demonstra equilíbrio enquanto pessoa, mãe, esposa e escritora.

Fotografia: Diogo Sallaberry

Depois de ter que abrir mão do magistério em decorrência da artrite reumatoide e se aposentar precocemente, a ex-professora publicou aos seus 47 anos seu primeiro livro, Amor de Estudante. De lá pra cá, foram diversos prêmios em concursos literários e livros publicados. Rejane abriu suas memórias, mas como afirma, ninguém conta tudo, sempre há um fundo falso no baú.

Escrevo para saber? Escrevo para contar? Acima de tudo, escrevo para não morrer tão cedo — explica a autora na contracapa de seu mais recente livro. Aos amantes da Literatura e, principalmente, aos amantes da vida, indico para que leiam esta obra que guarda tesouros e compartilha conhecimento. O livro é uma viagem que pode ser degustada como num voo de avião ou numa demorada jornada de ônibus. A minha leitura, inclusive, iniciei no ônibus e terminei debaixo das cobertas.

(Rejane esteve em minha sessão de autógrafos na 33ª Feira do Livro de Caxias)

“Viver é o grande mistério de todos nós. Os dias iniciam e findam sem nos pedir permissão, da mesma forma que para nascer e morrer também não somos consultados.” (Pg.116)

“(...) sinto muito por não conseguir deixar ao mundo, antes de eu ir embora, o mapa do tesouro: a busca é pessoal e intransferível.” (Pg.117)

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