top of page

NUNCA FOI MEU

Arde como uma ferida após passar a pomada. Demora cicatrizar como um vidro para se decompor. E quando vem à tona, me desconecta do mundo e faz trancar os poros da alegria. O ser humano é tão poético quando ama, mas muito mais quando sofre. Ora fala a verdade, ora dramatiza um pouco. Mesmo que, às vezes, as lágrimas já se cansaram de escorrer pelo mesmo motivo, um grito tranca a garganta e nos leva longe. Há mil motivos para ser feliz, mas esse problema é com um órgão confuso e traiçoeiro. Mesmo desse jeito, me deixando angustiado, não posso me desapegar dele, ele que faz que minha vida ocorra. Quando ele parar (por qualquer motivo) de funcionar, eu nem escrevendo estarei mais. Acostumar com a dor é questão de tempo e adaptação. Mais? Talvez. Agora já nem sei mais se a culpa é dele (coração) ou da minha cabeça, só sei que foi um amor que nunca foi meu...

obs: a situação do eu-lírico pode ser apenas inspiração do autor.

Imagem: Internet

Destaque
Tags

© 2018 por Febre de Letras.

  • Facebook B&W
  • Twitter B&W
bottom of page