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Irreversível
- Leandro Borsarini Cachorowski
- 4 de dez. de 2016
- 1 min de leitura
Fruto do descaso, à noite, via o controle morrendo
Como por acaso, as matas iam crocitando e gemendo
Ao fim da rua das flores, uma testemunha ainda late
Conforme meu corpo se embebeda em escarlate
Um relance sob a luz lunar, um calafrio, tormenta ligeira
À minha visão contemplar aquela mórbida caricatura de cera
Ela uma vez tinha cor - isso vi muito antes de o sol se esconder
Nas faces o mais vivo rubor, até seu coração parar de bater
Tento convencer-me a não sofrer em vão
Ainda há quem diga que ela foi minha amiga
Mas foi é inimiga de meu coração
Uma dança, um suspiro, uma lembrança e um não
Um frio na barriga no meio da briga
E ela fora engolida pela frieza do chão
— L. W

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